quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Quem é Brena?


É uma rapariga, com 17 anos, filha de Rodrigo e Lisandra. É filha única, e o seu pai é um empresário bem sucedido, dono de uma cadeia de hotéis, e a sua mãe evita revelar a profissão, sabendo Brena, apenas, que a mãe passa grande parte do tempo nos hotéis do pai. O pai de Brena desde sempre disse que ansiava ter um filho rapaz, como forma de dar continuidade ao seu trabalho, facto que Brena não compreende.
Rodrigo e Lisandra estão sempre ausentes, porque o seu trabalho assim o exige, não possibilitando o acompanhamento no desenvolvimento de Brena. Estes limitam-se apenas a contacta-la para saber se está tudo bem e se necessita de alguma coisa.
A sua relação com os pais influencia a sua maneira de ser e o seu modo de estar, sendo também por esta razão que ainda não tem uma personalidade bem definida. Mostra-se muitas vezes rebelde e irreverente, e apesar do seu egocentrismo e desprezo para com os outros, de considerar tudo aborrecido, revela-se por vezes interessada, principalmente no que é diferente. É em algumas situações exagerada, sendo este o meio que encontra para chamar à atenção, mas o que lhe interessa mesmo é a sua liberdade, fazendo e dizendo tudo o que lhe apetece, apesar de ter consciência que pode ferir a susceptibilidade de alguém.
Embora tenha este carácter, Brena na sua solidão, reflecte e escreve sobre os seus sentimentos, evitando transmiti-los aos outros. Aqui revelo um dos seus pensamentos, que tenta guardar a sete chaves:

“Porque que é importante o género?
O que é que o género diz de alguém?
Porque é que a malta não se importa apenas com aquilo que as pessoas são capazes de fazer?
Estava quase a chegar lá: “É perfeita, mas é uma menina…”
Que cena, nem dá para acreditar…
Apenas questiono: “É pá e daí? Só pelo facto de ser garina anulam tudo o que faço de bom? Tudo o que eu posso fazer?”
É pá, NÃO É JUSTO…
É por esta cena que fugi e fujo,
Fujo para um mundo só meu, para a minha realidade,
Onde sendo apenas rapariga, ainda assim, posso tudo o que eu quiser, desde que me faça feliz.
SOU LIVRE!
E que se lixe tudo o resto!”

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