A minha personagem chama-se António da Ponte. Nasceu a 9 de Dezembro de 1975 em Vermoil, uma aldeia no Concelho de Pombal e distrito de Leiria. É casado com Maria Rita de 32 anos. Tem 3 irmãos sendo o mais velho e a sua mãe ainda é viva.
Foi uma criança e adolescente feliz até aos 13 anos, o seu pai morre em 1988, e o António assume-se como o homem da casa, contudo nunca aceitou a morte do pai. A vida seguiu e aos 19 anos vai para Lisboa estudar Gestão. Entra na universidade onde conhece todos os amigos que agora tem, e conhece por intermédio de um deles a sua mulher. É o seu primeiro e grande amor da sua vida. Acaba o seu curso, e arranja emprego como gestor de contas num banco, casa-se e por consenso de ambos decidem que filhos viriam mais tarde. Contudo, em 2008, a sua mulher descobre que tem um cancro do colo útero já muito avançado. Aqui as prioridades redefinem-se e quando menos esperam Maria Rita morre. António fica devastado e nunca aceita esta morte, nunca conseguindo completar o luto. Passam-se 2 anos, 2010, e a sua vida é monótona e sem sentido. Acorda de manhã, toma banho e o pequeno-almoço, veste-se e vai para o banco. Trabalha para não se lembrar da sua mulher e isola-se do mundo, tornam-se num homem triste e muito irritável. Quando chega do trabalho senta-se no sofá, por vezes não janta, vai ao seu computador trabalhar ou jogar e volta a deitar-se. Passa a descuidar-se com a sua forma física, com a sua aparência e até com a sua doença.
No que respeita à sua aparência física – é um homem robusto, bem definido, com boa forma física, veste-se de fato, camisa e gravata todos os dias, pois o seu local de trabalho é o banco. Quanto à barba, recentemente deixou ficar alguma barba, pela pouco vontade de a desfazer. Tem olhos castanhos, cabelo curto, lábios grossos, nariz adequado ao seu fácies, orelhas pouco salientes e mãos ágeis, finas e delicadas. Tem, ainda, um tique de piscar os olhos, pois passa muito tempo ao computador. Na globalidade é um homem bonito e atraente.
Na sua personalidade é um homem seguro de si, ou pelo menos era. Fixo nas suas ideias, com espírito empreendedor e criatividade na sua vida profissional, gosta de arriscar medindo sempre os riscos, confiante e seguro de si mesmo. É um ser sociável, necessita dos outros para se manter vivo, é dinâmico mas precisa do seu espaço e do seu repouso. É sereno, mas ultimamente devido à sua situação familiar anda um pouco agitado. É flexível, mas gosta que as suas opiniões prevaleçam. O seu comportamento face a si mesmo é positivo, tendo algumas crises devido à sua doença crónica. Esconde-se debaixo de uma personalidade firme e segura as suas fraquezas e debilidades. Os seus lugares de refúgio são o rio Tejo e a sua casa. Recorre à família e aos amigos quando se sente desorientado e precisa de tomar uma decisão, mas também para descontrair. A sua canção preferida é “Cada lugar teu” de Mafalda Veiga e “Aprender a ser feliz” dos Pólo Norte. Ele gosta de ouvir estes dois grupos quando está feliz, mas também quando está triste.
Depois de sua mulher morrer, a sua atitude passou a ser de desleixo, sem força de vontade e sem confiança. Mostrando por vezes uma irritabilidade, desconforto e agressividade perante as pessoas. Ou seja, após este acontecimento a sua aparência e os seus modos não condizem. Nesta fase da sua vida, o seu tempo é de tristeza, cansaço e desleixo e o seu contratempo é a agressividade bastante exacerbada perante os outros.
A sua adaptação ao seu sofrimento nem sempre é conseguida, pelo contrário, por ainda não ter enfrentado o seu problema, sofre muito com a morte da sua mulher. E por isso, se torna tão difícil de seguir com a vida em frente. O António tem algumas dúvidas, não conseguindo, ainda, ver o seu futuro com outra mulher. Isto revela que o que a sociedade espera dele, até agora o António não está a conseguir atingir. E aqui surge a dúvida, do que é a sua identidade e do que ele quer para a sua vida e ao mesmo tempo, o que a sociedade espera dele.
[António da Ponte foi criado pela Márcia Rodrigues]
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