domingo, 19 de julho de 2009

A Personagem Maria

Personagem
Nome – Maria Gomes de Sousa
Idade – 33 anos
Profissão – Designer
Naturalidade – Lisboa

Maria é uma pessoa complexa difícil de compreender. Acaba por ser um pouco solitária (como uma pantera negra), poucos são os que a compreende ou os que se dão ao trabalho de tal. Por se vestir de forma excêntrica (mesmo com uma certa elegância), adoptando uma cor escura, as pessoas acabam por tirar vários pré-conceitos, afastando-se dela (não é ela que se afasta das pessoas).
Uma artista, desenha a carvão, anda sempre com o bloco atrás, para desenhar. Costuma sentar-se em bancos de jardim ou em explanadas a desenhar as pessoas que a rodeiam nos seus hábitos diários. Algumas vezes serve-se desse exercício como inspiração para o seu trabalho. Ela tem a possibilidade de fazer o seu trabalho em casa ou noutro sítio fora do escritório da empresa. O seu trabalho é feito à base de projectos e ela só tem de os fazer não importa aonde.
Família normal, adolescência normal. O pai trabalhava numa empresa de telecomunicações e a mãe numa fábrica.
No secundário marcou um processo importante de viragem, apercebeu-se que tudo na sua vida tinha sido normal, demasiado normal, até o seu nome era normalíssimo. Teve, então, inicio um processo para contrariar essa normalidade, começou por ficar mais atenta e observar tudo à sua volta, no intuito de identificar os comportamentos que sobressaíssem nesses contextos.
Quando estava no último semestre do seu curso começou a fazer um estágio numa empresa de design, após terminar o curso acabou por ficar na mesma a trabalhar.
A Maria tem uma camada sobre si mesma que corresponde à sua estadia em Inglaterra em trabalho, já foi há algum tempo no início da sua carreira. Este período marcou-a bastante pelas diferenças da sociedade, nomeadamente no que diz respeito a pré-conceitos ainda associados à sua profissão, que ainda não é bem vista como tal em Portugal. Era bastante perceptível para ela, também, lá mantinha o seu hobby de observar as pessoas. Maria pensa então com alguma frequência no que seria voltar… essa saudade leva a tratar toda a gente por “Oh dear” como era costume em Inglaterra.

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